Oii!
Meu nome é Mila e criei o perfil @milimalismo para contar um pouquinho sobre minha busca por uma vida mais consciente, equilibrada e tranquila.
Como sempre amei viajar e semanalmente conto histórias divertidas e situações engraçadas sobre minhas viagens no perfil, a Dupla Por Aí me convidou para dividir por aqui também o que me aconteceu na última vez que fui à Bahia em janeiro de 2021.
A Bahia é um lugar incrível, felizmente já pude ir para lá algumas vezes.
Sei que conheço pouco ainda, mas o pouco que conheci já me deixou completamente apaixonada.
Agora no Natal/Reveillon fui para Trancoso e Caraíva pela segunda vez.
A primeira vez que fui para lá foi em 2016 e gostei tanto, que decidi voltar e dobrar o tempo de estadia.
Quanto mais tempo você consegue dedicar para permanecer em um lugar, mais você conhece de verdade.
Com mais tempo, você consegue conhecer nativos, você vai para os lugares que os nativos frequentam, não só os pontos turísticos.
TRANCOSO
Sobre Trancoso: é uma graça, mas em 2, 3 dias você consegue conhecer tudo!
Trancoso é, basicamente, o ”Quadrado”, onde ficam os restaurantes, as lojinhas, o centrinho da cidade.
Sugiro alugar um carro para poder conhecer as praias em volta.
Eu aluguei o carro já no aeroporto de Porto Seguro.
Algumas dicas e sugestões:
- As duas vezes que fui, me hospedei na Pousada do Bosque e amei, só tenho elogios.
P.S: o café da manhã é uma delícia.
- Restaurantes no Quadrado: O Cacau (comida delissss), El Gordo (meio carinho, mas vista linda e o por do sol de lá é mara), Favoritto.
- Dependendo de onde fica sua pousada você pode ir à pé para a Praia dos Coqueiros e para a Praia dos Nativos. De carro você pode fazer um bate e volta de 1 dia para Praia Rio da Barra e outro dia para Praia do Espelho.
Já em Caraíva, recomendo ficar o máximo possível!
Lá tem praia, tem rio, restaurantes deliciosos, bares.
Cada cantinho mais lindo que o outro.
Você não vai precisar de carro, inclusive nem dá para ter carro.
Você faz tudo à pé, no máximo faz alguns passeios de bate e volta de buggy ou de lancha.
Eu sempre optava por fazer tudo que podia à pé, porque gosto de curtir o caminho, gosto de fazer exercício e queria conhecer bem os lugares.
Logo no primeiro dia eu soube de um passeio que precisaria andar 12 km na areia e de cara já topei.
Essa era uma caminhada de Caraíva até a Praia do Espelho passando pela Praia do Satu.
Recomendo!
Mas vá bemmmm cedo para pegar a maré baixa e vá com bastante disposição e garrafa d’água.
CARAÍVA
Caraíva é um destino muito relax, muito roots.
Para quem gosta desse tipo de viagem, é um destino incrível, vale super a pena, mas acredite em mim: é muito roots mesmo.
Então, se você está buscando isso, se você quer ficar curtindo as praias, se desligar, se desconectar, esse é o lugar.
Porque lá, basicamente, o celular não pega, não tem internet e só tem Wi-fi em alguns poucos lugares, algumas pousadas, alguns poucos restaurantes.
Mal tem eletricidade, falta energia algumas vezes por dia.
Na pousada que me hospedei, eventualmente faltava até água.
Então realmente é pra quem gosta, e quem gosta, vai amar.
Lá eu aprendi muito com as pessoas, como ser mais tranquila, menos ansiosa, realmente curtir mais o momento, viver o agora.
E a situação engraçada que eu sei que vou lembrar o resto da vida foi:
Fui super animada andando de Caraíva até a Praia do Espelho, aqueles 12 km andando na areia que contei anteriormente.
Passei por umas praias incríveis até chegar lá.
Almocei em um restaurante super gostoso chamado Sushi da Mel (o ceviche é bem servido e o hot philadelphia é mara), curti muito o passeio, e em função das marés, que sobem e descem bastante dependendo da hora do dia, fui à pé, enquanto a maré estava baixa e dava pra passar, mas para voltar já não dava mais.
Sabendo disso, no dia anterior combinamos com um cara que tinha lancha para nos buscar lá às 15h.
Só que quando chegamos na Praia do Espelho, onde combinamos com o cara, percebemos que o celular não pegava e não tínhamos internet.
Se quiser saber o que levar em viagem de praia, clique aqui.
Como combinamos às 15h, quando deram 15h nós caminhamos até onde as lanchas ficavam ”estacionadas” e começamos a perguntar pelo cara com quem falamos no dia anterior. “Oi, tudo bem? Alguém conhece o cara X? Estamos procurando por ele”.
Só que todos os outros caras das lanchas respondiam “não, hoje não, hoje não é dia dele”, e a gente dizia “ué, mas a gente combinou com ele ontem”, e eles “ah é, combinaram? Mas não, não vimos… E hoje ele não vem não, hoje não é dia dele”…
Começamos a perguntar então se outra lancha poderia nos levar de volta e todos respondiam ”Não… as lanchas já estão lotadas…”.
A tensão começou…
O cara X da lancha não aparecia, todas as lanchas estavam cheias, a maré tinha subido e não dava nem para voltar a pé, o celular não pegava para pedirmos socorro para a dona da nossa pousada…
Começamos então a pedir ajuda para os garçons dos restaurantes e os caras das lanchas, todos os locais que estavam por ali…
Até que fizemos amizade com um cara e ele “ah não, fiquem tranquilas, aqui vocês não vão dormir não, vai dar tudo certo! A gente vai conseguir um jeito de vocês voltarem pra casa, vai dar tudo certo”, mas o tempo passava e continuávamos na mesma, esperando…15, 15:30, 16h, 16:30 e nada do cara aparecer, e a gente lá, sem saber como a gente voltaria para a pousada…
Eis que esse cara que a gente fez amizade, esse baiano, arrumou um taxi para voltamos e ainda fizemos amizade com um casal que dividiu o taxi com a gente.
Beleza, a viagem foi rápida, chegamos na pousada e, advinha quem mandou uma mensagem?
O cara X da lancha, às 17h:
“E aí, tudo certo? Eu to aqui, não to vendo vocês”.
Respondemos “então… nós combinamos às 15h lá, agora já são 17h”…
E ele “aaah… é que eu estava mergulhando com os corais, mas eu não ia deixar vocês na mão, é claro que eu ia buscar vocês”.
Ou seja, por ele não tinha problema atrasar e ele nunca iria nos deixar na mão, atrasado ou não ele iria nos buscar.
Se era 15h, 16h ou 17h, não importava, ele iria nos buscar e nos levar de volta para casa.
Então o aprendizado que tirei é: temos que ser mais tranquilo, porque no final tudo realmente dá certo, de um jeito ou de outro.
Se você vai voltar de lancha, de taxi, voando, à pé, nadando, não importa, mas vai dar certo.
Então você tem que ficar tranquilo, não tem motivo para stress.
O importante é curtir o momento e manter a mente tranquila, ter fé de que no final tudo sempre se resolve.
Comente aqui: como você lidaria com essa situação?
Algumas dicas e sugestões:
RESTAURANTES
Sobre os restaurantes, amei todos! São eles:
- Biribiri : sugiro o polvo grelhado
- Jacarandá : o peixe grelhado é bem gostoso
- Koa : gostei tanto que fui nesse restaurante mais de 1 vez e sugiro o atum na brasa
- Canto da Duca: restaurante vegano e vegetariano com café da manhã que começa 6h e almoço 11h, ambos lotam rápido, se for lá, peça o bolo Nega maluca
- Boteco do Pará: os pastéis são os mais conhecidos, vale a pena dar uma passadinha lá
- Cachaçaria : é um restaurante bem conhecido pelos drinks, mas só comi o prato vegano de falafel e era gostoso
- Culinária Central: pedi a moqueca mista, gostei
- Maré café: sobremesas DELICIOSAS, vale MUITO a pena pedir as tortas de caramelo salgado e de chocolate com mousse de cacau
- Manga Rosa (restaurante da pousada Thainã): de frente pra praia, música boa, vale muito a pena ir lá e ficar até o pôr do sol
PASSEIOS
Em relação aos passeios:
- Ir a pé até à Praia do Espelho: ir cedo, por causa da maré, não parar muito pelo caminho, para não atrasar e a maré subir, voltar de lancha (uns R$100/pessoa), táxi (R$170 total) ou ônibus
- Ir de buggy até Corumbau: custa uns R$100/pessoa ir cedo, curtir o dia todo na praia, não precisa levar barraca, ficar nas últimas barracas da praia que não cobram consumação
- Ir a pé até a Pedra do Nego ver as piscinas naturais quando a maré está baixa, é perto, no máximo uns 2km andando, se chegar cedo tem barraca para ficar embaixo sem custo, lá a praia é bem mais vazia, vale a pena
Amo a duplaporai!! 🤩🤩🤩🤩😍😍😍